A revolução da cirurgia robótica

3 de julho de 2018

A medicina tem avançado constantemente e a tecnologia robótica tem contribuído significativamente para o sucesso dos procedimentos cirúrgicos.

Como surgiu?

Nos anos 80 o Departamento de Defesa dos Estados Unidos iniciou um projeto a fim de desenvolver um programa de cirurgia remota para campos de guerra.

A ideia (semelhante aos aviões não tripulados atuais) foi de substituir médicos por robôs, afim de minimizar as perdas nos conflitos, por isso o nome cirurgia robótica.

Desde então, a telecirurgia avançou e em 1995, a empresa Intuitive Surgical foi fundada e lançou seu primeiro robô cirúrgico, o da Vinci, no mercado (ano de 2000) para utilização em cirurgias laparoscópicas.

No que contribui para a medicina?

Um bom cirurgião deve ter mãos firmes, mas imagine um que não só é totalmente livre de tremores como também não hesita e faz seus cortes com precisão milimétrica.

É isso que possibilitam os robôs-cirurgiões, cada vez mais usados no Brasil e no mundo nos chamados procedimentos minimamente invasivos, em que no lugar de grandes cortes as cirurgias são feitas através de pequenas incisões em que são introduzidas câmeras, bisturis e outros equipamentos.

A cirurgia robótica evoluiu muito ao longo dos anos, e o robô foi sendo adaptado às necessidades. Hoje ajuda os cirurgiões a realizar cirurgias minimamente invasivas com suas inúmeras funções e facilidades.

A tecnologia utilizada no braço do robô faz com que ele se movimente como uma mão dentro do paciente, replicando o movimento do médico.

Conta ainda com liberdade de movimento de 7 graus, isso significa que conseguem fazer movimentos que a mão humana não consegue.

Quais as vantagens?

O robô garante mais precisão na hora da operação, além de transmitir uma imagem em alta definição, que chega de 10 a 15 vezes amplificada para o médico, facilitando a preservação de órgão e estruturas importantes.

A cirurgia robótica também apresenta muitos benefícios no pós-operatório com a recuperação mais rápida e menor tempo de internação.

Sangra menos do que uma cirurgia aberta e a taxa de sobrevivência também é maior.

Para próstata, por exemplo, pode sangrar cerca de um terço do que uma cirurgia aberta.

O risco de infecção diminui, pois o médico não põe a mão na ferida.

Quais especialidades que podem ser tratadas com cirurgia robótica?

As cirurgias robóticas podem ser feitas em quase todas as especialidades, mas principalmente em oncologia, ginecologia, urologia, cirurgia torácica, cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia bariátrica.

A participação do cirurgião

O robô não faz nada sozinho. Qualquer movimento realizado por ele foi feito pelo cirurgião no console.

No entanto, diante de ações imprevistas pelo cirurgião, a tecnologia robótica aciona um comando de segurança que trava provisoriamente a máquina, evitando danos ao paciente.

Por serem mais complexa s, as cirurgias robóticas seguem também um protocolo de checagem de todos os itens de segurança a cada uma hora de cirurgia, aproximadamente.

A cirurgia robótica, por ser um procedimento seguro, menos invasivo e que vem apresentando ótimos resultados, tende a se popularizar, mas esse processo ainda deve levar mais alguns anos.

Hoje existem poucos cirurgiões capacitados para o uso de robô em cirurgias.

Por outro lado, seus avanços tecnológicos e utilização em procedimentos estão se desenvolvendo cada vez mais rapido.

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